Pesquisa de Refluxo Gastroesofágico por Ultrassonografia.

O termo refluxo gastroesofágico (RGE) descreve o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago, que pode ser fisiológico ou patológico.

A maioria dos episódios de refluxo é de curta duração, ocorre especialmente no período após a refeição, não desencadeia sintomas e não ultrapassa o esôfago distal.

A regurgitação, definida como a passagem do conteúdo refluído através da orofaringe, é comum durante a infância ocorrendo em 50% dos lactentes nos primeiros três meses de vida, em 67% entre os 4 e 6 meses, e em 5 a 10% daqueles entre os 10 e 12 meses.

Já outros tipos de refluxo para o esôfago ocorrem devido a um defeito e/ou falta de amadurecimento do esfíncter esofágico inferior. Como a pressão intra-abdominal é maior do que a intratorácica, a integridade deste sistema valvular funcional é importante para evitar retorno do conteúdo gástrico. O material refluído é devolvido rapidamente pelas ondas peristálticas esofágicas secundárias para o estômago.

Para todos esses casos, o exame tradicional para o estudo do refluxo gastroesofágico é a seriografia do esôfago, estômago e duodeno (SEED) com bário. Contudo, recentemente, a ultrassonografia do esôfago intra-abdominal também está sendo indicada, como uma opção de exame.

A utilização da ultrassonografia abdominal para o diagnóstico do refluxo gastroesofágico tem sido amplamente divulgada. A vantagem é que a ultrassonografia é um exame não invasivo e não envolve exposição à radiação.

Além da indicação para pesquisa de refluxo, a ultrassonografia também é apropriada para a identificação de estenose hipertrófica do piloro, de má-rotação intestinal ou de outras doenças intra-abdominais.

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